O lugar onde cabem as páginas soltas desta caminhada e todos os passos que esta bailarina vai aprendendo a dar
.



.

2014-01-06

Porra...

Juro que comparada com a população mundial, até nem sou muito louca. Mas se alguém me conseguir explicar (como se precisasse), porque continuo a ter-te dentro do meu peito, da minha cabeça, do meu corpo?!

ah... e porra como estou a precisar do meu amigo... de ouvir a opinião dele sobre algumas coisas que quero fazer. A opinião de alguém ponderado, que acho que me conhece, que acredito tem algum carinho por mim e me daria a sua opinião sincera. Ou até outros caminhos, se aqueles que lhe apresentava não fossem os mais apropriados.

PORRA... COMO ME FAZES FALTA!

2014-01-03

Eu confesso que ...


Tenho uma confissão a fazer. Queria muito ter-te pedido desculpa e como não fui capaz... ou achei melhor não voltar a encontrar-te e fugi, da melhor forma que consegui e escondi-me.

Mas tenho que confessar algo... fui por duas vezes à porta do teu trabalho. Não para falar contigo, nem para levar o saco de chocolates que tenho plena consciência, te devia ter entregue. Este não os levei porque não queria que achasses que eram lembrança de Natal e assim levar-te a sentir obrigação de retribuir ou pior, achares que me estava a rebaixar e o medo da negação veio ao de cima. Tive medo que fugisses de mim e negasses esta simples atitude de preocupação... Faz tempo que tenho medo que tenhas voltado ao gosto do inebriante vinho branco. Terem-te negado o pedido, a ansiedade, o fato de te ter chateado - como se eu fosse assim tão importante - as escolhas que te deves estar a ver obrigado a fazer. Andei com medo! E entre o vinho branco  e os chocolates, prometeste um dia que escolherias os chocolates, um sumo, que me pedias ajuda, até um abraço. No entanto, estiveste em ansiedade, em stress, deu para ver que os ombros caíram, o olhar também e não me pediste nada. Era tua amiga acima de tudo, certo?!

Enfim....

Mas fui lá... sempre que te via a desabafar, a vontade de sair de casa e ir abraçar-te e proteger, foi maior que tudo... Naqueles dois dias, passou da vontade e fui!

O intuito era subir o elevador, naquele prédio e pedir uma troca. Eu ficava por ti, deixavam-te ir! Só precisava de 15/30 dias intensivos de formação com o melhor e acredito que o davas. Não queria um contrato ou esse podia ser realizado de propósito para a ocasião. Estaria ali até voltares. E quando saísse, não teria direito a nada... tempo de acumulação para concorrer a funções públicas, pedido de indemnização, eu sei lá... podia ser um ano, dois, três... eu sei lá... Seria uma substituição, para um insubstituível!

Fui lá dois dias caraças... No primeiro dia, devo ter fumado um maço de tabaco, enquanto formulava na minha cabeça, alguma conversa com o porteiro para que ele me deixasse subir aos Recursos Humanos. Entretanto, fizeram-me sentir observada e a coragem diminuiu... lógico que não olhavam para mim, mas quando na minha imaginação, me questionavam que ligação tinha contigo, não tinha resposta, daí perder-me nas pessoas que fumavam como eu, mas eles à porta daquele nº36. No segundo dia, apesar de ter lá ido da mesma forma impulsiva, fui com mais dor no coração, mas com muito mais medo também! Sabia que se não entrasse logo, já não entraria... aliás, sabia que no fundo aquilo era apenas uma vontade minha. Queria fazer-te sentir seguro, protegido e que tudo o que tinhas dado, tinha valido a pena. Claro, nesse dia a minha estadia ali não durou nem 30 minutos, alguém conhecido não saiu da porta a esfumaçar e não aguentei, fui embora.

Chovia tanto... de início senti frio, arrepios, pele de galinha, mas o quente que vinha do peito pela raiva de não ter feito nada era muito, sem falar na água quente e salgada que me escorria cara abaixo. Nada me deixou arrefecer. Quando cheguei a casa, parecia que tinha saído do banho. Tive que secar o que tinha na carteira, o tlm estava metido num buraco protegido e devia ser das poucas coisas secas que trazia comigo...

Soube agora que que saíste! Que não te deixaram sair e que tiveste de sair por ti! Que nó na garganta me deu... eras dos melhores no que fazias. O melhor para mim!!!! Não se faz isso a ninguém. Principalmente a quem dei tanto a uma instituição e sempre fez por ser o melhor!
 
Correu-me uma lágrima também, será que podia ter ajudado? Não... claro que não! Por um lado foi bom não me ter metido, até porque não tinha conseguido fazer nada, provavelmente até tinham falado contigo e até tinham gozado contigo... quem penso eu que sou?! Assim, como fizeste as coisas, irás começar esta nova etapa limpo de reservas. Sem que te pesem fantasmas de qualquer tipo, do passado. Sem que a chantagem para voltares para aquele cubículo, esteja na esquina.

Vais seguir o teu destino, para o lugar que sempre desejaste e mereces. Esta é mais uma prova, que quando queres algo, lutas de forma empenhada, arrebatada, teimosa, mas nobre. Sabes bem o que queres e quando queres, consegues tudo!

 
 
...shiu... fica aqui entre nós!