Amor próprio, autoestima, selfstime,... será que quem luta por alguém está a colocar-se em causa? Está a rebaixar-se? Normalmente só sabemos um lado da história e se estamos envolvidos, mesmo que se queira muito, custa entender o outro lado. E isto por mais esforço que se faça. O mais fácil é não se querer ouvir... O medo de se ouvir o que não se quer, aparece... mas no fundo... no fundo precisamos mesmo de ouvir!
E o que é lutar? Lutar pelo quê? Lutar por quem?
Muito provavelmente para nós.... treta, lá vem o belo pronome pessoal no plural para não magoar. Olhando para cima está tudo escrito assim. Que raio de defesa manhosa esta! Vou começar a ter cuidado, por mim, por mais que custe!
Dizia... muito provavelmente para mim, lutar é para voltar a ter aquilo que tinha há umas semanas... As juras de amor eterno, todo aquele sentimento, o sorriso, o abraço, o olhar, o apoio, o primeiro e último pensamento... quase parecia ser o único, o suspiro ou será suspiros?! O querer bem, o crer, o acreditar, o exemplo que se tornou, a confiança, o toque, o quente, a calma, o sonho, a paixão, a base, o sonho, as conversas, o cheiro, a presença, o imaginar, os sonhos, o querer mesmo envelhecer assim...
Por quem devo eu lutar? Devia vir para aqui com aquela teoria dos quatro pilares da autoestima e dizer que seria por mim, mas se me sinto incompleta, estou sem sombra de dúvida a lutar para ter tudo aquilo que dizias eu merecer! Por tudo aquilo que sentia e pensava que sentias. Aqui entra o problema, deixei em dias de ser tudo aquilo que era. Lutar pelo quê???
Como se diz, são precisos dois para dançar.... Não posso querer sozinha... Lutar, até lutava, mas querer não posso querer pelos dois...
Será isso o que me fará seguir em frente? Procurar alguém? WROOOONNNGGGGGGG!!!!!!! Completamente errado!!!!
O coração tem várias camadas e quando algo consegue penetrar tão fundo é como se conseguisse entrar no sistema circulatório. Dessa forma vai a todo o lado, domina todo o corpo, gere e transporta coisas boas e más, luta e não nos abandona... se algo de mal acontecer, temos duas hipóteses: substituímos o sangue ou um dos aparelho, mesmo o coração ou o corpo entra em falência e deixa a alma partir... voar. Se o substituírem, o corpo já habituado a alguns códigos e memórias, passa a informação mais importante para o sangue novo. Agora se o corpo parte, a alma leva as memórias, as vivências consigo... a vida não é desperdício!
Sorte a minha, quando partir, espero que daqui a muito tempo, levo isto comigo. Sentido único, infelizmente, mas na altura acreditava que era para sempre, eterno e por todas as vidas...
Afinal ganhei a luta!