O lugar onde cabem as páginas soltas desta caminhada e todos os passos que esta bailarina vai aprendendo a dar
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2009-11-29

Uma música de amores perdidos?

Ando completamente viciada nesta música, já a conhecia, mas na altura em que a ouvi pela primeira vez, acho que o meu coração retalhado não me permitiu reconhecer que esta não é apenas uma música de amores perdidos. Para mim é o renascer depois de um desencontro, o conseguir dizer depois de muita luta interior:

JÁ NÃO TE AMO!

E não te amo mesmo!




Almost Lover

"...The sweetest sadness in your eyes...

...Well, i never want to see you unhappy...

...Goodbye, my almost lover..."





I'm trying to control myself, so please don't stand in my way.

2009-11-25

O caminho certo




Estas últimas semanas têm sido intensas, não num sentido pejorativo, bem pelo contrário, mas cheia de mudanças, reencontros, tomadas de decisão.

As coisas têm corrido de forma fantástica, sinto-me bem no trabalho, tão bem que o tempo passa num ápice. Aqueles miúdos, que num primeiro impacto me pareceram assustadores, oferecem-me todos os dias experiências de vida muito enriquecedoras, obrigando-me a manter a calma que eu julgava antes impossível nesta cidade monopolizadora. E pela primeira vez consigo deixar ficar na escola, o que é da escola e viver a minha vida fora dali.

Será um passo de maturidade? Não sei, mas que me deixa mais disponível para no dia seguinte dar resposta aos problemas que me surgem, é verdade. Que assim continue.

Depois surgem as amizades: as novas, as que reencontrei e as que me recuso a abandonar. Desta vez a cor da cidade está a saber tão bem, que até provoca um frio na barriga, uns suspiros de quando em quando e um grande e sempre presente sorriso!

E finalmente comecei a dieta. As minhas colegas juntaram-se e devido à pouca comida que viam entrar na minha boca, tomaram a iniciativa de marcar uma consulta com uma nutricionista:. Agora é  comer, comer, comer, sempre de 3 em 3 horas e muita água para acompanhar. Já sinto alterações e assim dei em vaidosa, todas as semanas vai uma comprinha, ou corte de cabelo... aí que subida na auto-estima, que já andava em alta. Pessoas lindas, estas com quem trabalho!

Sem dúvida, que no meio de tantas encruzilhadas que nos vão surgindo ao longo da vida,  conseguimos  encontrar o caminho certo.

2009-11-17

Salto para a Liberdade




Por todos aqueles que morreram, por todos aqueles que choraram as mortes, por todos aqueles que ainda sonham com muros caídos, não podemos deixar de tentar fazer cair tudo o que divide pessoas e povos.

Uma imagem marca para mim 1989 e não é a euforia que se instalou em Berlim na altura em que caiu a primeira pedra do  muro da vergonha. A imagem é a de um jovem soldado a saltar o arame farpado. Para mim ele não foge, não é um fraco, bem pelo contrário. É alguém que sabe que não pode viver numa jaula, numa gaiola, subjugado: um salto para a liberdade.


2009-11-16

Temos de Acreditar




Passei este fim de semana chuvoso a dormitar. Estava mesmo derreada.

Mas passei aqui para dizer que estou a adorar trabalhar com aqueles miúdos, lógico que tenho de pensar um pouco antes de agir, não são os santinhos que tenho encontrado nas escolas, no entanto penso que descobri aquilo que na educação me faz mesmo sentir realizada. Eles dão luta, fazem-me redobrar estratégias e modifica-las constantemente. Planos de Aulas? Isso são meras bases de trabalho que nunca são levados integralmente até ao fim. No entanto, não existe um dia em que não tenha saído dali satisfeita.

Toda esta experiência tem-me feito pensar nos colegas que ouvi reclamar vezes e vezes sem fim, porque aquela turma nessa semana não os deixara dar a matéria, que tinham pedido a alunos para irem para a rua porque passaram as aulas a falar com o colega do lado, porque não conseguiram concretizar uma actividade programada… tantas foram as queixas que ouvi. Sim, sem dúvida que os alunos estão diferentes de ano para ano. Eu que estou inserida nesta vida à pouco mais de 10 anos consigo ver isso. No entanto também o mundo está diferente e antes dos alunos, os pais e/ou encarregados de educação também nada tem haver com os de outrora.

Agora e por favor, antes de se queixarem olhem para o lado. Quem sabe existe alguém em piores condições, aliás, por vezes até sem condições, com alunos que estão no fim da linha. Mas se acreditar-mos, só um pouco, quem sabe um ou dois irá vingar e não ter a sorte que lhe estava predestinada.

Apenas temos que acreditar!