Depois do Olá... mais um pedaço da novela mexicana

Olhamos um para o outro e dissemos: Olá!

Assim de uma forma atabalhoada levantei-me e cumprimentei-o. Ele era a mala, cigarro na mão, muleta, o nervoso miudinho, tudo a atrapalhar... e eu que queria olhar-lhe para a cara, vê-lo, ver como olhava para mim assim à segunda vista! Mas não deu. O cigarro foi deixado cair, não sei bem quando, mas quando coloquei a mala ao ombro já não o tinha... acho que foi durante o beijo.

A conversa até ao café foi sobre o melhor desbloqueador de conversa que arranjamos: a minha lesão no joelho!

Entramos e apesar de ser uma pessoa com iniciativa, foi difícil começar. E lá lhe perguntei eu:

És doído, ires assim atrás de alguém no trânsito?

Nunca coloquei ninguém em perigo! Disse ele, de pronto.

Mas como que se nos acabássemos de conhecer, ele contou-me coisas dele...  e acabámos!!! O que fazia, onde viveu, onde nasceu, o que gostava, ex-namoradas, que já podia estar casado. Eu não me mostrei tanto, nunca consegui, mas peguei no que me contou e falei um pouco de mim.

Quando me disse que tinha de ir, que o trabalho esperava por ele, compreendi... ele sabe que namorei uns anos com alguém também jornalista. Mas descobri nesse momento que o diário onde ele trabalha pertence à mesma empresa que o ex trabalha, aliás o edifício é o mesmo, só muda mesmo o andar.

Acompanhei-o à porta do jornal e despedi-me, tinha o carro logo em frente. Combinámos que voltaríamos a falar.

À noite enviaste-me uma mensagem onde dizias apenas: Gostei