À muito que não deixo aqui a minha marca e acredita que não é por não ter o que dizer, bem pelo contrário. Já escrevi e reescrevi este post mais de vinte vezes, no entanto acabei por considerá-lo sempre inacabado e adiei a sua publicação.
Mas vamos lá fazer um apanhado do que foi esta semana e meia.
Em termos de coração, passei por duas fases distintas. A primeira foi armar-me literalmente em parva e dizer à pessoa em causa, olha isto não pode ser, estou a começar a ficar envolvida e não quero... o que assusta mais que um furacão? Uma gaja virar-se e dizer-nos que está a sentir algo por nós, mas não quer! Depois de um fim de semana afastada não resisti, os joelhos voltaram a tremer, o coração a bater um pouco mais rápido, os olhos a iluminarem-se.... e lá o dedinho carregou na foto, criando uma janela para a sua vida e disse OLÁ. Por mais que diga que não espero nada, porque é isso mesmo que digo, acho que lá no fundo espero muita coisa.
O fim de semana, o tal que me obrigou a fazer uma interrupção, foi passado entre amigos. Desci até Faro e fui participar na afamada Feijoada de Natal da CDP. Este ano no entanto, como o cozinheiro de serviço não estava disponível para a confecção de tão grande pitéu, nós que apenas a sabemos comer, decidimos manter o nome, mas confeccionar um Chilli Natalício.
Foi bom, para não dizer fantástico, rever os amigos e conhecer outros. Realizar a troca de prendas e poder discutir filosofias e formas de vida. Ir à varanda fumar um cigarro e por trás de um vidro ver todos aqueles meninos mexerem e pensar o quanto sou feliz por ter pessoas tão bonitas a acompanharem a minha vida. Por breves instantes imaginei que não tinha saído dali.
Mas estava na hora de voltar, e segunda apesar de ser véspera de feriado lá ía eu iniciar a minha labuta às 8h45. Esse dia foi complicado, estamos todos com a sensibilidade à flor da pele, a necessitar de férias. Ao final do dia fui com a Lena comprar dois telemóveis. Durante os almoços desapareceram misteriosamente, como se para além das teclas e ecrã, também tivessem pernas para se colocarem a andar. Nunca fui acompanhar os miúdos aos almoços, mas provavelmente deve ser de fugir e não é por eles, mas sim porque vão comer ao agrupamento onde os de lá também não são flor que se cheire. Mas lá fomos nós as duas até ao Dolce Vita, compramos esses bens que hoje em dia são tão essenciais, mas tivemos ainda tempo de comer umas castanhas e ver umas quedas na pista de gelo. Dei lá umas gargalhadas valentes, os patinadores de serviço, caso não tivessem nos seus pezinhos aqueles apetrejos, viriam com toda a certeza atrás de mim para me dar um castigo.
Depois foi dar uma corridinha para casa, tomar duche, jantar, vestir-me e voar até ao Coliseu dos Recreios para uma noite diferente. Fui ver Kickboxing.
Espectacular, lógico que ver alguns a cair redondos no chão e outros com a cara a escorregar sangue não me deixou fã incondicional, no entanto outros factores fizeram que o resto desta segunda-feira fosse em grande. Posso começar com testoterona em tronco nú e devo dizer que alguns eram bem engraçados. Depois a apresentação de cada um dos lutadores era realizada como se de heroís se tratassem. O entertainer fez-nos rir em muitas situações, principalmente quando tentou falar inglês muito ao nível do: lets look at the trailler. Depois as meninas, em trajes em tudo diferentes umas das outras e de tamanhos XXXXS. Existia a masoquista, com o seu fato de cabedal onde a casca de laranja saltava à vista, mas muito ovacionada; a estudante, com uma mini-mini-saía com padrão escocês, até os tótós caíam bem; a femme fatal, vestido vermelho e botas pretas e falta-me aqui uma, mas entendes o espírito, não é?! Cada combate tinha três rounds de três minutos cada e que por vezes pareciam durar muito mais do que isso. Eu comecei por mexer-me muito e dei por mim já rouca, com dores na cabeça pelos gritos que dava quando aconteceu o combate do meu colega. Não sei quantas vezes gritei o nome dele, ou as frases: "Força Ricardo", "Dá-lhe Ricardo", mas tive a sensação que a minha agressividade veio toda ao de cima nesses minutos, tipo descarga de energia, mas assim como veio, também se foi, deixando-me cansada.
Passado uns dias tive um combate aqui em casa, não existiu contacto físico, mas teve direito aos três rounds também. Resultado, às 6 horas da manhã estava a fazer as malas e com a decisão tomada que tenho de sair de casa. Preciso do meu espaço. Amanhã vou ver casas com colegas meus.
Na sexta fui jantar com um colega. Ele achou que devia dar-me apoio, que eu não podia estar bem. Espectacular, existem poucas pessoas assim. Mas deu conta que eu sou normal, dentro da minha loucura. Lógico que diz que devia deixar as tecnologias de informação e comunicação em paz e literalmente saltar para cima de certo jovem, e que a diferença de idade de nada interessa, ele já tem idade de um homem. Tirando este aspecto estou perfeitamente saudável! O João é incrível, uma pessoa inteligente, culta, humilde, com muita experiência de vida, fala das coisas com uma paixão e sabedoria, que dá gosto ouvi-lo falar.
Mas fomos ao Pavilhão Chinês, no Príncipe Real. Ele quis mostrar-me o espaço e lá estivemos a conversar, a fumar uns cigarros e a beber um óptimo martini rosato. Depois o jantar foi num restaurante chinês na Ajuda, onde eu comi sushi e legumes. Tão bom, adoro sushi. Aí já tenho água na boca.
Agora está prestes a começar a última semana de aulas, lá tenho de lançar notas, imprimir uma acta, ir ver um filme de natal com as minhas turmas, acompanhá-los a uma festa, organizar um torneio de basquetebol inter-turmas, seguido de um jogo de futebol Alunos X Professores e que culmina com lanche, e dois jantares de natal da escola. Mas isto é uma semana normal de trabalho, vamos lá, parada é que não quero estar.
2 comentários:
Feliz Natal e um óptimo ano novo Marta...
Muito fixe o teu blog, ainda não o conhecia....mas agora vou passar por cá todos os dias ;)
Beijinhos :))
Não podia deixar passar... apesar de já o ter feito no teu Blog do qual já me tornei fan, quero agradecer-te Madalena.
Um Beijinho muito grande para ti também... é bom saber que algures, alguém lê o que andamos para aqui a escrever!
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