O lugar onde cabem as páginas soltas desta caminhada e todos os passos que esta bailarina vai aprendendo a dar
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2010-01-21

Terça - O melhor da minha semana

Este dia soube bem, encheu-me a alma e deu-me esperança.
 

 

 
Ia já atrasada para a minha consulta na Dietista, é que isto de andar de muletas tem um grande problema, é tudo muito mais devagar... e decididamente eu não posso escalonar a minha vida como fazia à 20 dias atrás... sempre cheia de energia e capaz de ir deste mundo ao outro apenas para trocar de roupa - dava tempo, eu até lido bem com o stress...

Mas dizia, cá ia eu em direcção à uma consulta e já atrasada, a conduzir, a cantar, de óculos que tinha acabado de comprar nos saldos e a fumar um belo de um cigarrinho a caminho da Calçada de Carris. Quando reparo num olhar do condutor à minha frente. Primeiro pensei que fosse casualidade, ele estava simplesmente a olhar para o carro atrás... tiques de quem conduz, eu também o faço.
 
A segunda vez que me cruzei com o seu olhar, considerei-o bonito, o olhar pouco mais via que as orelhas e uma cabeça rapada. Instantes depois, logo me saltou a imagem de que estaria acompanhado por alguém, alguém tipo namorada, esposa... mas não!

E assim estivemos, sei lá 20 minutos ali no trânsito, pára-arranca, pára-arranca. Dei conta que estava a gostar, estava a gostar de ser observada. 
 
Mas lá o trânsito fluiu. Eu tive de virar à direita,  para apanhar a A22 e ele fez o mesmo... mas assim à papo-seco. Primeira imagem desta vez? Vinha distraído e enganou-se, todos temos esse direito, certo?

Mas nessa altura era eu que ia à frente, o observador passou a observado. Um breve instante depois vi a tabuleta cm a minha saída, e algo triste pensei que o momento iria terminar então terminar. Depois de ultrapassar uns carros saí para a Póvoa de Sto Adrião. Mas... não é que saiu também e desta vez como não tinha muita margem de manobra, acabei por dar conta. Epá, ele vem atrás de mim, só pode.Pensei eu.

Nessa saída temos uma recta com duas faixas, comecei a ir mais devagar para o deixar passar! Já agora queria ver o que fazia! Mas andou sempre atrás ou ao meu lado, sempre coladinho. Bem antes da 1ª rotunda começou a fazer-me sinais de luzes e pisca. A primeira coisa que me veio nesse momento à ideia foi que vinha a arrastar alguma coisa e como cidadão prestável apenas queria ajudar.

Na recta que se seguiu repetiu e eu parei.

Saíu de dentro do automóvel branco, um rapaz bem parecido e alto. Dirigir-se à minha janela direita, também chamada a do pendura e apenas me perguntou:
- Boa tarde. Podes dar-me o teu número?
 

 

7 comentários:

Anônimo disse...

Ena páaaaaaaaaaaaaaa :)

Só Avulso disse...

A sério?! E deste o número ou não? (desculpa estar a meter-me mas é que agora fiquei curiosa:))

Isso é que foi uma viagem muuuuuuuuuuiiiiiiitoooo interessante e empolgante também!

beijinhos***

Madalena disse...

Tem cuidado com essas cenas, olha q nunca se sabeas intenções de pessoas desconhecidas....já passei um perigo enorme p causa duma situação igual a essa....por acaso safei-me, mas foi uma sorte!! Nunca mais...

Pedro Bom disse...

Ahhh leão!!
Grande engatançoooo
Grande lata....

Susy disse...

A primeira vez que venho aqui e deparo-me logo com uma história destas!!!

Isso é mesmo verdade?!

Estou encantada! eh eh eh Espero que lhe tenhas dado o número e que além de bonito o tipo de cabelo rapado e olhar penetrante, seja mesmo boa pessoa!

Beijinhos!

bailarina disse...

Tudo o que escrevi aqui é verdade sim, mas não se preocupem, estive sempre em segurança. As portas estavam trancadas, quando parei existiam pessoas, o vidro não estava aberto por completo e eu normalmente tenho sempre a primeira metida.

Quanto ao resto... depois se verá. Algumas das perguntas terão resposta no post seguinte.

Beijinhos a todos =)

bailarina disse...

E Só avulso, não tens de pedir desculpa!